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Após um Verão intenso com o regresso dos festivais de música, e uma lista esmagadora de artistas para ver e lugares para ir, surge um novo festival na fuga desse ímpeto. O Ponto d'Orvalho teve lugar na Herdade do Barrocal de Baixo, Montemor-o-Novo, entre os dias 14 e 18 de Setembro de 2022. Caracteriza-se como um festival transdisciplinar aberto à discussão e à ação ambiental através de práticas artísticas, sociais e ecológicas.
No Ponto d'Orvalho, a música e a performance unem-se para um diálogo ecológico, procurando uma solução para a regeneração de um planeta em colapso. Para além da música e da performance, o festival reúne oradores, agricultores, chefes de cozinha, filósofos, ativistas, especialistas locais e impulsionadores culturais centrados na sensibilização para a transformação e na criação de novas narrativas que nos permitam vislumbrar um futuro mais sustentável.
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A nossa intenção sempre foi fazer um programa ambicioso que reunisse vários fatores, a componente sonora, artística, ecológica, visual e sensorial, mas mantendo um contexto íntimo.
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— Leonor Carrilho, programadora do Ponto d'Orvalho
Este ano, a organização foi orientada pela pergunta "Como podemos agir de modo a sermos úteis ao sistema vivo do qual fazemos parte?". Na procura de respostas a esta pergunta, o programa foi composto por artistas e oradores como António Mira, Chima Hiro, Coby Sey, Ecos do Monte Coro Feminino Regional, Diogo Noronha, Hatis Noit, Violeta Azevedo, entre outros.
foto by Alvaro Campos
A nossa equipa moveu-se pelo festival como voyeurs, deixando-se levar por todas as actividades. Acordaram ao amanhecer para a atuação "Orvalho da Noite" de Violeta Azevedo e Isabel Costa, passearam pelo Bosque Alentejano de sobreiros, guiados pelo biólogo António Mira e pela artista Gabriela Albergaria, e provaram produtos de base agroecológica preparados pelo chef Diogo Noronha. Muitos outros momentos foram também recolhidos neste documentário experimental.
foto by Alvaro Campos
Esta foi uma experiência sensorial única que nos aproximou do "pensar como uma floresta", que é o objetivo do festival. Movidos pela pressa constante e pela introdução de novas informações, com este documentário, propomos fazer uma pausa e refletir sobre a relação entre os indivíduos, espaço e natureza.
O artigo foi escrito por Carolina Ribeiro, editado por João Martins e produzido por Joana Seguro e Luís Fernandos
filmado por João Martins, Luís Fernandes e com grafismos por Vanda Novo
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