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Worldviews through the lens of film directors
Ensaios de vídeo contemplativos sobre cinema

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Worldviews through the lens of film directors
Contemplative video essays on cinema

Em novembro, faz um ano que filmámos o primeiro episódio de C for Coffee, a nossa série de conversas privilegiadas entre cineastas sobre cinema, à volta de uma mesa de café, no Porto/Post/Doc. Este ano, voltamos a colaborar com o festival, desta vez para apresentar a 180 Media Academy, um programa online que reúne talentos inconformados para repensar formatos e temas mediáticos. Queremos discutir novas formas de contar histórias com impacto na sociedade, e como estas se manifestam através de formatos para além do cinema tradicional, em diferentes plataformas e meios de distribuição.

No mês que nos falta até ao início do festival e da academia, vamos pensar e falar de filme e de cinema, bem como preparar os próximos episódios de C for Coffee para serem lançados (mais sobre isso em breve). Mas antes de lá chegarmos, e para dar início à conversa, apresentamos Others Will Love the Things I Loved.

Uma série de vídeo-ensaios contemplativos, Others Will Love The Things I Loved, toma o seu título de um verso do poema Quando, de Sophia de Mello Breyner Andresen, “Outros amarão as coisas que eu amei”. Cada episódio reflete sobre os temas visuais e dramatúrgicos de um realizador de cinema, com o objetivo de inspirar outros a ver as obras de artistas por vezes menos conhecidos. Os três primeiros episódios são apresentados a seguir, com palavras de Bauti Godoy, o realizador da série.

Words by Bauti Godoy

EP.1 — The cinema of Mikhaël Hers

Eu que não morri, que continuo a viver, ainda deitada no banco de trás, atrás de todas as minhas perguntas, apertando e abrindo uma pequena mão.

— Naomi Shihab Nye

PUBLIC PARKS AND GRIEF

O poeta da dor, Mikhaël Hers, procura consolação na vastidão da cidade. Deambula por ela, senta-se nos parques para ver o movimento das pessoas e certificar-se de que tudo continua como deve ser; a vida continua, mesmo depois de uma tragédia. Essencialmente sobre pessoas deixadas para trás no processo da morte, Hers cria um mundo de simples naturalismo que contém tanto dor como beleza, memórias e materialismo e vidas públicas e privadas. As feridas podem nunca sarar, mas enquanto tivermos outros, podemos encontrar consolo no meio da dureza da vida. O crítico de cinema francês Luc Moullet descreveu-o como “o maior cineasta francês de amanhã” ('le plus grand cinéaste français de demain').

Worldviews through the lens of film directors

Mikhaël Hers é um realizador e argumentista francês. Depois de estudar na secção de produção de La Fémis, onde se licenciou em 2004, Hers realizou a sua primeira média-metragem, Charell, livremente adaptada de um romance de Patrick Modiano. Em 2010, realizou a sua primeira longa-metragem, Memory Lane, exibida pela primeira vez no Festival Internacional de Cinema de Locarno.

EP.2 — The cinema of Tsai Ming-Liang

LEAKING WALLS, LEAKING FLOORS: A PORTRAIT OF SOCIAL MALAISE

Tsai Ming-Liang concebe filmes com visões de mundo de grande ângulo, onde tudo parece estar em decadência. Vidas em colapso numa fase de capitalismo tardio em que os indivíduos têm de lutar para habitar espaços e comunicar uns com os outros. A existência como uma forma de estagnação onde o mal-estar social contemporâneo se manifesta por entre as fendas. Alienação, angústia urbana e o desejo primordial de encontrar alguma ligação enquanto tudo se desmorona.
Worldviews through the lens of film directors

Tsai Ming-Liang é um realizador taiwanês. Licenciou-se no Departamento de Teatro e Cinema da Universidade Cultural Chinesa de Taiwan e trabalhou como produtor teatral e realizador de televisão. Tsai é um dos mais célebres realizadores da “Segunda Nova Vaga” do cinema taiwanês. Desde 1992, Ming-Liang realizou onze longas-metragens e muitas curtas-metragens.

EP.3 — The cinema of Rita Azevedo Gomes

Se tanto me dói que as coisas passem


É porque cada instante em mim foi vivo


Na busca de um bem definitivo


Em que as coisas de Amor se eternizassem.


— Sophia de Mello Breyner Andresen

translated to English by Eva Magro

THE WRITTEN WORD, 

THE SOUND OF A VOICE,

THE WORLD AS A STAGE

Rita Azevedo Gomes acredita quase tanto nas palavras como nas imagens. Não é por acaso que realizou um filme, Correspondências (2016), sobre as correspondências entre dois poetas. A fé na representação é também uma característica forte do seu cinema; a crença na dinâmica teatral através de sequências de long-take com diálogos e voice-offs, como se as palavras ditas acrescentassem outra camada à imagem. Azevedo Gomes colabora com Acácio de Almeida, um dos melhores diretores de fotografia da história do cinema.

Worldviews through the lens of film directors

Rita Azevedo Gomes é uma realizadora e escritora portuguesa. Nascida em Lisboa em 1952, Rita tem um percurso variado, ligado às artes plásticas. Depois do seu primeiro filme “O Som da Terra a Tremer” (1990), Rita escreveu e realizou várias curtas e longas-metragens reconhecidas internacionalmente em festivais de todo o mundo. Atualmente trabalha na Cinemateca Portuguesa como programadora, onde também é responsável pelas exposições.

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Interessa-nos o cinema independente, a forma como os realizadores traduzem as suas ideias num objeto fílmico e como esse objeto pode inspirar novas ideias. A nossa aproximação ao cinema aconteceu quando sentamos realizadores à conversa no C for Coffee e daí continuou com séries como Freezing Frames ou programas como o Cineclube, que curamos para a TV.

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