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C for Coffee
Uma série de conversas internas entre cineastas sobre cinema, à volta de uma mesa de café

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Cinema
C for Coffee

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Is cinema dead?
The first episode seats filmmakers around a coffee table during Porto/Post/Doc

Quando foi a última vez que paraste para uma conversa? Numa altura em que os cineastas têm vindo a discutir o tempo, a falta dele e a necessidade de parar para o encontrar, convidamo-los a parar e a falar; uns com os outros.

Sentados em frente a uma janela que situa estas conversas na cidade e no festival que as contextualiza, os realizadores convidados jogam um jogo em que escolhem papéis com perguntas sobre temas em discussão na cultura cinematográfica contemporânea. Estas perguntas orientam uma conversa que, de outra forma, não tem limites, uma janela para o que os participantes do mundo do cinema têm para dizer informalmente uns aos outros.

Inspirada no filme Coffee and Cigarettes de Jim Jarmusch, a nossa nova série original C for Coffee serve de palco a uma conversa livre e sem restrições. C de Café, mas também C de Cinema ou Conversas.

O primeiro episódio, realizado em colaboração com o Porto/Post/Doc, foi filmado durante a 6ª edição do festival de cinema, que decorreu em novembro de 2019 no Porto. Durante o festival, convidámos Ute Aurand, Valérie Masadian, Gurcan Keltek e Ben Rivers para, numa pausa para café no café A Brasileira, falarem uns com os outros sobre o estado do cinema. As suas conversas informais, nos bastidores, são uma visão privilegiada de pensamentos que normalmente não são tornados públicos.

 Queremos descobrir: o que pensam os cineastas sobre o estado atual do cinema?

CONVERSAS ENTRE CINEASTAS SOBRE CINEMA

CENA 01 - UTE & VALÉRIE

Ute-and-Valérie

foto by Alvaro Campos

O cinema está morto? Na primeira cena deste episódio, Ute e Valérie falam sobre o cinema português, a maternidade, se o cinema está a morrer e qual o seu papel no contexto dos motins e revoluções (do ano passado). Durante a conversa, Valérie afirma que acredita que o cinema não está morto, mas que ver um filme na sala de cinema está a tornar-se pouco comum hoje em dia. “O cinema no teatro é algo que está a morrer. E acho que temos de ser nós a tomar conta do cinema, como cineastas”. - diz Valérie.

É um facto conhecido que as plataformas de streaming continuam a crescer enquanto as salas de cinema independentes lutam; as zonas remotas muitas vezes não têm cinemas em funcionamento, uma vez que estes continuam a deslocar-se para os centros comerciais das grandes cidades. Mas, perante estas dificuldades, Ute recorda a importância de ver um filme em conjunto na escuridão. Quantas vezes foste ao cinema no ano passado?

O Cinema é para as pessoas.

- Valérie Massadian

UTE AURAND

Ute-Aurand

Ute Aurand, uma devota da produção de filmes em 16mm, tem sido uma das figuras centrais do cinema experimental desde os anos 80. Desenvolvidos dentro da tradição dos diários filmados, os filmes de Ute são tanto uma celebração do estar vivo como são inerentemente políticos e militantes na forma como apresentam uma reivindicação do feminismo e das práticas artesanais.

VALÉRIE MASSADIAN

Valérie-Massadian

Valérie Massadian é uma fotógrafa e cineasta franco-arménia. No seu trabalho cinematográfico, centra-se nas personagens femininas e na forma como estas se relacionam com o mundo e a natureza. Utilizando frequentemente ferramentas documentais para fazer ficção, Valérie constrói os seus filmes desenvolvendo relações de trabalho estreitas com atores não profissionais, que trazem as suas próprias experiências e histórias para o desenvolvimento das suas personagens.

CENA 02 - GÜRCAN & BEN

Gürcan-and-Ben

foto by Alvaro Campos

Nesta conversa, Gürcan e Ben encontram-se e falam pessoalmente pela primeira vez. Em questões sobre cinema, discutem se o cinema está morto. Como todas as formas de arte, como a música ou a pintura, que estão sempre a dizer que estão mortas, o cinema está sempre a reinventar-se. O cinema português é abordado na conversa; Gürcan menciona Manoel de Oliveira, e Ben diz que se inspira no trabalho de Cordeiro & Reis. “O cinema português teve um grande efeito em mim”. - Ben diz, tendo em mente os quatro filmes de Cordeiro & Reis.

Refletem sobre a velocidade a que consumimos cinema e como passamos de um filme para outro sem dar tempo para refletir. “O que está a envenenar o cinema é a obsessão com o novo, toda a gente está obcecada com o novo e a consumi-lo muito rapidamente”. - diz Gürcan.

Só este ano [2019] vi uma série de filmes (...) pode dizer-se que este foi o período de ouro (do cinema). Mas é óbvio que talvez só se possa ver isso no futuro.

- Ben Rivers

GÜRCAN KELTEK

Gürcan-Keltek

O realizador turco Gürcan Keltek estudou Cinema na Faculdade de Belas Artes da Dokuz Eylül Üniversitesi. A primeira longa-metragem de Keltek, Meteorlar/Meteors (2017), teve a sua estreia mundial no festival de cinema de Locarno e foi o filme que deu a Gürcan a vitória no festival Porto/Post/Doc em 2017. Meteorlar mostra imagens de guerra captadas por câmaras amadoras e uma chuva de meteoros, combinadas de forma poética para refletir sobre o conflito curdo.

BEN RIVERS

Ben-Rivers

Ben Rivers é um artista e cineasta experimental que vive em Londres. O seu trabalho tem sido exibido em vários festivais de cinema e galerias em todo o mundo e ganhou vários prémios. O trabalho de Rivers abrange uma vasta gama de temas, desde a exploração de territórios selvagens desconhecidos até retratos íntimos de pessoas da vida real.

Em 2020, continuamos a amplificar as vozes criativas. Ao longo do ano, viajaremos para festivais de cinema em toda a Europa para filmar os próximos episódios de C for Coffee. Onde é que vamos a seguir? Entretanto, segue-nos nas nossas redes sociais para te manteres a par das outras histórias.

in collaboration with

Porto/Post/Doc

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Interessa-nos o cinema independente, a forma como os realizadores traduzem as suas ideias num objeto fílmico e como esse objeto pode inspirar novas ideias. A nossa aproximação ao cinema aconteceu quando sentamos realizadores à conversa no C for Coffee e daí continuou com séries como Freezing Frames ou programas como o Cineclube, que curamos para a TV.

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